quinta-feira, 27 de julho de 2006

Santiago

E este postzinho aqui já é feito a partir de uma zona onde a língua galega é um pouco menos desrespeitada.
Santiago de Compostela.
Viva!
Finalmente conheço este lindíssima cidade.

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Galiza

Estou postando no "Celtanet" em Ferrol, na Galiza.
Vim passar 9 dias das minhas férias nesta linda naçao.
Esta é a razao dos poucos ou nenhuns posts dos próximos dias.
Aqui há muito para se ver.
Bom, vou indo, e tenho mesmo de ir, porque o barco Ferrol-Mugardos sai daqui a poucos minutos e se nao o apanho tenho de esperar mais uma hora.
Até logo, Lisboa, porque estou aqui na origem do galego-portugues.
Aliás, até ao presente momento nao precisei do castelhano para nada.

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Contestação

Cá estou eu.
Fim de mais um dia de trabalho sem conseguir escrever muito. Mas tento batalhar pelas palavras do blog.
A inflação de escrita do dia 18 de Julho não deixou muita margem para os seguintes dias.
Nem sequer deu margem para postar umas fotos nos posts, estando agora a anexação das imagens tão extemporânea como uma contestação que não entrou dentro do prazo.
Ui, a cabeça de quinta-feira ainda não consegue se abstrair do trabalho.

terça-feira, 18 de julho de 2006

Racional 1.00

Cumpre dormir para produzir amanhã.
Produzir produção.
Não estas tolices com as quais encho e consolido uma página na internet.
De que serve afinal esta transferência cabeça – mãos – teclado – computador – rede?
De que vale?
Vou dormir, são 1.00.

Poema ao calhas

Cuando volvemos las fugaces horas
Del pasado a evocar,
Temblando brilla en sus pestañas negras
Una lágrima pronta a resbalar

Y al fin resbala y cae como gota
De rocío, al pensar
Que, cual hoy por ayer, por hoy mañana,
Volveremos los dos a suspirar

Gustavo Adolfo Bécquer – Rimas

7 cidades

São 7 cidades as da Galiza
Estarei lá na próxima semana.
Compostela, Corunha, Vigo, Lugo, Pontevedra, Ourense e Ferrol.

As quatro estações

Há tempos que pais e filhos não fazem um feedback song for a dying friend.
Repare que quando o sol bater na janela do teu quarto a luz reflecte na porta da vizinha da frente.
É, eu era um lobisomem juvenil em 1965, mesmo perto daquelas duas tribos.
E lembro que subi o Monte Castelo, cantando com o Maurício e muitos meninos e meninas, antes de acabarmos de percorrer o caminho das sete cidades.
Se fiquei esperando o meu amor passar?
Acho que sim.

Amnésia

É interessante a batalha verbal que tem se verificado entre os intelectuais defensores da copa e os que abominam a copa. Copa, para os mais distraídos (ou mais intelectuais) significa campeonato do mundo de futebol.
Rios de tinta e de megabytes tem alimentado artigos e artigos relacionados com o tema, como este que escrevo (também não consegui fugir).
E uns dizem que a copa faz mal ao cérebro, outros que a copa faz bem.
Olha escreveu-se tanta coisa que eu até já me perdi e me esqueci o que ia dizer.
Em conclusão, digo o seguinte: fazendo mal, fazendo bem, copa é copa.
Uma espécie de carnaval do intelecto, feriado, fim-de-semana. Um momento para descansarmos da pressão do dia-a-dia e dos assuntos sérios.
Aliás, pelo contrário, é o momento de despejar as emoções, onde uns chutes na bola se tornam questões super relevantes.
E, no fim, se corre mal, confesso que para mim é um alívio pensar que todo aquele sofrimento se deveu a um mísero jogo de futebol e que nada de muito grave aconteceu.

Israel II

Israel fez mal a programação.
Devia ter atacado o Líbano durante a Copa do Mundo.
A ser assim, não íamos ter tomado conhecimento de nada, ou iríamos relacionar o confronto de guerra com um jogo sem muito fair-play e com muitas expulsões.
E, quando víssemos Simon Perez (Prémio Nobel da Paz – sim, é verdade) clamando o poder dos canhões, íamos comparar o episódio à cabeçada de Zidane e iríamos nos perguntar se Perez alguma vez poderia ter sido considerado o melhor jogador do torneio.
p.s. sei que o gosto do post é discutível, mas é assim mesmo.
Aliás, Israel não parou de matar durante o mundial, não tenhamos dúvidas, nem a guerra parou no Iraque, nem os ricos deixaram de roubar os pobres.
Onde andávamos nós na Copa?

Isto está para durar!

No Destak de 17-07-2006:
Milhares de portugueses ignoram os riscos do calor
Temperaturas demasiado altas não demovem portugueses que invadiram as praias de norte a sul do país. Riscos associados aos raios ultravioletas continuam a ser altamente ignorados pelos milhares que não usam protectores nem óculos de sol.
Foi incrível o que aconteceu.
Receberam-se imensas queixas dos riscos associados, por continuarem a ser altamente ignorados. Pior são os raios ultravioleta, que estão numa situação um tanto melindrosa, uma vez que tendo tantos riscos associados, não conseguem justificar a estes, o facto de milhares não usarem protectores ou óculos de sol. Uma situação difícil de gerir, pois os riscos pagam uma taxa de associação ao raios ultravioletas e, sem dúvida, um dos direitos que tem é exactamente o de serem conhecidos pelos milhares de portugueses.
E os portugueses invadiram mesmo as praias entricheirando-se na costa. As altas temperaturas até os tem fustigado, utilizando uma técnica desenvolvida recentemente, à revelia do Protocolo de Kyoto, que afecta especialmente a pele das pessoas, uma espécie de napalm subtil. Porém, os portugueses não arredam pé, resistindo estoicamente nas praias, apesar das crescentes hostilidades das temperaturas.
“Isso está para durar, daqui ninguém nos tira!”, revelou um dos líderes da Resistência Lagosta, um dos batalhões de elite envolvidos no combate.

Uma secretária

O sócio tomou o copo d’água e deixou o mesmo em cima da mesa, ao lado do outro, que já estava vazio há mais tempo.
Calhou da Webcam, que estava colocada ao lado do Garfield com luvas de boxe, filmar tão romântica cena.
Os copos vazios se tocando na tarde de calor, em cima da mesa que na verdade é uma secretária de 2 andares.
Ainda que de cabeça para baixo, o postal do Gabriel Moura sussurrou para o carimbo que aquela maneira de estar não era a mais correcta, ainda por cima quando se está ao pé de uma disquete, de um agrafador verde, de uma lapiseira preta, de um pisa-papéis 2006, de um furador vermelho e de um calendário “Rama”.
Para além disso, não pareceu bem a cena para o telefone branco e para os 6 blocos de recibos, que gritaram histéricos, para que os post-its verde e amarelo, que estavam colados no monitor, reparassem no acontecido e memorizassem-no.

Saiu assim

Uma noite de tinteiros de plumas permitiram ao teclado se imiscuir na câmara oculta do Xerife de Xavier City.

Israel

Não estou com a cabeça muito virada para escrever aqui sobre a guerra, mas não quero deixar de fazer referência ao facto de Israel estar pintando e bordando com o mundo, destruindo o Libano e matando pessoas, provavelmente com a anuência dos Estados Unidos.
A ONU finge que faz algo, mas não faz.
A população libanesa morre.
As bombas israelitas voam.
Falando em bombas, é engraçado ver que os ensaios balísticos da Coreia do Norte são condenados pelos Estados Unidos, mas as vias de facto a que chegou Israel são compreendidos pelos mesmos norte-americanos.

Nova Cara

Quase 3 anos, 500 posts e mais de 5000 entradas (contabilizadas) depois, a Aldeia Blogal recebeu uma nova cara, (ou template, para utilizar a terminologia blogger).
A consequência é essa que vemos aqui à volta, esta clarificação e transparência. Ironia, indirecta?
Acho, sinceramente, que o blog ficou melhor, mais bonito, mais amplo e mais arejado.
Quem achar que não está mais bonito, sugiro que me escreva.
É engraçado confrontar o presente post com o "tudo pode ter um novo começo (...)", datado de 11 de Julho de 2004.
A grande coincidência é que a anterior mudança também foi juliana.
Interessante...

sábado, 15 de julho de 2006

Diários da Bósnia

Vi este óptimo documentário no DocLisboa de 2005:
Diários da Bósnia
Título original: Diários da Bósnia
De: Joaquim Sapinho
Género: Doc
POR, 2005, Cores, 82 min.
No cinecartaz, do Público, definem este documentário assim:
"Diários da Bósnia" é o relato das memórias de duas viagens que o realizador Joaquim Sapinho realizou, em 1996 e 1998, para acompanhar o conflito que opunha sérvios e muçulmanos. Em 1996 assistiu ao final da guerra e dois anos depois testemunhou o momento em que foram assinados os acordos de Dayton. É um testemunho das suas memórias de guerra, de morte e de destruição, e das dificuldades de sobrevivência daqueles que "não sabiam como voltar para casa".

quarta-feira, 12 de julho de 2006

Voltando ao mundo real

Aos poucos, temos que meter a copa na bagagem e voltar à vida real.

Franqueza

Certeza que tenho é que o Brasil mais organizado e menos arrogante tinha limpado esta copa com facilidade, pois era claramente superior em jogadores.
Claramente, me desculpem a franqueza.

Itália

O diabo escolheu.
Escolheu bem.

Do Zéu a Terra

Sei que agora todos dizem mal do homem.
Mas como podem não dizer?
Porque Zidane acabar a tua carreira numa cabeçada?
Não és nenhum novato! Era o teu último jogo!
E já agora, porque FIFA premiar como melhor jogador um jogador que foi indisciplinado? Incompreensível.

sábado, 8 de julho de 2006

2010

Último sonho, antes de acordar.
O Ronaldo correndo linha de fundo afora.
Entra na pequena área, finta o goleiro e fica com a goleira deserta.
Não chutou logo a bola para dentro do gol, mas sim levou-a mais adiante, correndo paralelamente à goleira.
Chegando quase ao fim da mesma, resolveu marcar o gol, desviando a bola para dentro.
Bola esta que embateu no poste, criando um momento de incerteza, mas entrou a repique, ultrapassando apenas uns 5 centímetros a linha de gol, ficando parada nesta posição.
E foi um alívio vê-la dentro da goleira. Não lembro de ter festejado.
Mas quando acordei lembrei que hoje joga-se a decisão dos terceiros e quartos, que amanhã joga-se a final e que mais copa para o Brasil só em 2010.
Sem Ronaldo.

Agora?

"Ai Luís de Camões, agora a maior parte deles são uns cabrões!"
A bengala apontada para o céu e a frase gritada com toda a força e angústia.
Repetiu-a incessantemente a senhora, com o mesmo gesto, ao fim da tarde de ontem, no Largo da Trindade.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Na ponta da área

Achei muito interessante um e-mail que denuncia que o Roberto Carlos estava negligenciando a marcação do Thierry Henry, no jogo com o Brasil. Esta negligência resultou no gol da França e contribuiu para o nosso afastamento da copa.
O e-mail está circulando o mundo, todos o conhecem.
Sei que andam chamando nomes feios ao rapaz, que foi pouco diligente com o trabalho que estava incumbido de fazer. É sem dúvida um mau momento da sua carreira, que espero que não seja marcante.
Fiquei um pouco preocupado confesso.
É que precisamos meter a cara para fora da janela!
Existe uma quantidade tão grande de coisas que se devem denunciar!
Claro que o Roberto Carlos devia ter mais cuidado com a nossa defesa (e até com a sua reputação). Vamos mostrar sim, para denunciar o que se fez de errado, numa perspectiva de mudança, pedagogia e recuperação - ou, em casos mais extremos, de afastamento - de quem errou.
No entanto, já que estamos numa fase de denúncias, está na hora de comprarmos os jornais, nos informarmos pela net e denunciarmos o terrorismo norte americano no Iraque e no mundo, a corrupção dos países e nos governos, os lucros intermináveis das empresas, a crescente exploração dos trabalhadores, a violência contra as mulheres, a discriminação de todo o tipo, implícita num conjunto vasto de anúncios que vemos todos os dias na TV e na via pública. E estes são apenas alguns exemplos, que não esgotam todos os problemas do mundo.
É bom que mostremos que o Roberto Carlos agiu errado.
Mas então temos de denunciar as infinitamente mais graves incongruências e incoerências deste mundo doente.
E, já agora, pensarmos na quantidade de vezes que não fizemos a marcação ao Thierry Henry e tomamos um gol, enquanto pensavamos na vida e descansavamos na ponta da área.
É proibida a estrada a pessoas entranhas ao serviço.

Gordo, mas goleador


Na verdade, parece que o Brasil só foi à copa por causa do Ronaldo, que agora tem um nome carinhoso (sério mesmo, sem ironia a história do "carinhoso", pelo menos para mim) de "gordo".
A ideia que dá é que só viajamos à Alemanha para o Ronaldo poder bater o recorde de gols nas copas.
Obrigado Ronaldo. Tu sim te superaste, como sempre.

A FRANÇA e o brasil

Pois falando nas molecadas do Zidane, é interessante pensarmos em alguns pontos de comparação entre este finado Brasil e a França. Claro está, se há como comparar duas equipas tão distintas e incomparáveis.
1) O Brasil foi (falo no passado porque isso vai mudar) claramente pagão e com muitos deusesinhos que faziam trepolias sozinhos e sem organização.
A França foi monoteísta e tudo girava à volta do seu Zinedeus Zidane.
2) O Brasil pensava que bastava meter umas estrelinhas ali correndo em campo e que um milagre iria resolver tudo. Precisavam de muita religião e reza para ganhar.
A França foi arquitecta realista, pragmática e cartesiana. Mesmo contando com Deus (ou pelo menos um profeta) em campo.
3) O Brasil não tinha tática.
A França executou a sua quase na perfeição, à excepção dos primeiros 15 minutos do jogo com o Brasil. Depois foi só controlar.
4) O Brasil nunca seria campeão do mundo, com este time. Ou se fosse campeão, o futebol mundial estaria vivendo uma nova era, de desorganização.
A França pode ainda ser.
5) A França foi eficaz e ganhou 95% das bolas divididas no meio campo.
O Brasil parecia uma cambada de fracalhotes, sem vigor.
6) A França foi a França.
O Brasil foi qualquer coisa que causou estupefacção e estranheza no mundo todo.

Zinedeus Zidane

Portugal afinal não fez história.
Tal como não fez o Brasil, nem a Espanha.
Quem está fazendo história é sim Zinedine Zidane.
Zidane começou a pensar, a partir do quarto jogo da copa do mundo, contra a Espanha, que afinal esse negócio da França ser bicampeã mundial e ele se despedir do futebol como melhor jogador do evento era uma coisa engraçada de se fazer.
Então ele começou a se mostrar, iniciando uma série de molecadas que acabaram numa grande encrenca para os 3 times citados. E parece que se trata mesmo de uma citação, como os tribunais fazem. Chegou até aqui? Então venha se enfrentar com a França, mostre os seus argumentos...
E assim, Zidane esmagou a Espanha, humilhou o meio campo brasileiro e com Portugal marcou o gol da vitória (o que já não é mau).
Cumpre-me parabenizar o craque, ainda que muito a contra gosto, admito.

terça-feira, 4 de julho de 2006

Tá frio, barbaridade!

Mais um e-mail muito engraçado que recebi e que dá informações fidedignas sobre o carácter e forma de estar dos gaúchos.
Vejamos:

AHHH VAI DIZER QUE É EXAGERO TCHÊ!!!

25ºC Bahianos ligam o ar quente. Gaúchos limpam o jardim.

20ºC Sergipanos tremem incontrolavelmente de frio. Gaúchos tomam sol no parque.

15ºC Carros na Paraíba não ligam mais. Gaúchos dirigem com os vidros abaixados.

10ºC Cariocas usam sobretudo, cuecas de lã, luvas e toucas. Gaúchos botam uma camisa de manga comprida.

5ºC Toda a população do Maranhão morre... Gaúchos fecham as janelas de casa.

0ºC Roraima se desintegra. Gaúchos fazem o último churrasco no pátio, antes que esfrie...

-10ºC Amazonenses fogem para o Deserto do Sahara. Gaúchos começam a tirar os casacos quentes do armário.

-200ºC Papai Noel foge do Pólo Norte. Gaúchos ficam frustrados que o carro não liga.

-273ºC Cessa toda a movimentação atômica (zero absoluto) Gaúchos começam a dizer: 'Tá frio, barbaridade!