quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Aquecer!

É sempre preciso SOL para desemperrar algumas situações que não descongelam.
Por isso vou encher meu blog com esta estrela.
Toca a aquecer!

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

No topo da América

No clicrbs
16/08/2006 23h59min
Colorado é o campeão da Libertadores da América
Time de Abel empatou com o São Paulo em 2 a 2 no Beira-Rio
O Inter empatou com o São Paulo em 2 a 2 na noite desta quarta e sagrou-se campeão da Copa Libertadores da América 2006 diante de mais de 55 mil colorados que foram ao Beira-Rio. O capitão Fernandão e o motorzinho Tinga marcaram os gols do Colorado. Fabão e Lenílson descontaram.
Mesmo com a vantagem conquistada depois da boa atuação e da vitória em São Paulo, o discurso antes de a bola rolar era único: manter os pés no chão. Afinal, o adversário viria cheio de determinação para defender o título que conquistou no ano passado. Então, quando a bola rolou...
As duas equipes criaram boas chances desde o início. Foram à frente com qualidade, deixando o grito de gol engasgado na garganta por diversas oportunidades.
Fernandão ensaiou a explosão colorada aos 14 minutos, após receber lançamento de Jorge Wagner na intermediária e escapar da marcação, mas a bola correu demais e Ceni fez a defesa. Mas a festa em vermelho e branco começaria 15 minutos depois. E, de novo, com Fernandão.
Jorge Wagner alçou a bola da direita e Ceni falhou dando rebote. A bola pingou na área e o capitão Fernandão escorou para o fundo das redes. O que era bom – jogar pelo empate – estava ficando muito melhor com uma vitória.
Mas Fabão resolveu jogar um balde de água fria nos ânimos da torcida logo no início da segunda etapa. Aos seis minutos, o zagueiro recebeu no lado direito da área e chutou cruzado, de perna direita: 1 a 1. Na soma dos dois placares, o Inter vencia por 3 a 2 e ainda levantava a taça. Porém, se sofresse mais um gol, teria de agüentar a prorrogação.
Tinga, então, fez a nação colorada ficar muito mais confiante de novo. Ceará chutou, Ceni defendeu, Fernandão pegou o rebote e passou para o motorzinho, que só escorou e correu para o abraço. De tão empolgado, Tinga levantou a camisa na comemoração com os companheiros. Acabou expulso pelo árbitro Horácio Elizondo, que comandou a final da Copa do Mundo da Alemanha. Isso tudo aos 19 minutos.
Com 10 homens em campo, o Inter precisou de toda a valentia de seus atletas para segurar a pressão do campeão do mundo. E foi tanta pressão, que quase estragou a festa dos donos da casa. Clemer falhou aos 39 minutos, mas Lenílson não. Depois da bola levantada na área, o arqueiro colorado acabou soltando e o são-paulino mandou para o fundo das redes: 2 a 2.
Esperançoso, o tricolor paulista pressionava por todos os lados, cavando escanteios e alçando bolas na área. E o Inter se defendia bravamente, só esperando o apito final. E quando ele finalmente foi ouvido, a festa tomou conta do Beira-Rio. Em 97 anos de história, o Colorado conquistava a América pela primeira vez, e de uma forma tão louvável.
A torcida permaneceu no estádio, comemorando, enquanto Fernandão erguia todos os troféus, cercado por todos os atletas, comissão técnica e dirigentes colorados. Depois, veio a volta olímpica.
Que campeão do mundo, que nada! Que venha o Barcelona, no Japão!
Mariane Hahn
mariane.hahn@rbsonline.com.br

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Alminhas miseráveis

"Não há volta sem revolta"
Diz uma "pintada" na Rua São Pedro de Alcântara, em Lisboa.
Um dia, as pessoas vão acordar e vai-se acabar a pouca vergonha destas alminhas miseráveis que nos andam explorando a todos.
Estamos mesmo sustentando umas brutas vidas!
Temos que apertar o cinto, mas os banqueiros continuam tendo lucros extraordinários, batendo recordes atrás de recordes!
Pudera, convencem-nos de que se necessita apertar o cinto, fomentam o desemprego e o pobre trabalhador assalariado trabalha a qualquer preço.
E nós claro, ao invés de mandarmos isto tudo para o espaço, temos de ir tentando ajeitar a nossa vida do jeito que dá, neste sistema completamente viciado e imerso em corrupção e exploração.
Triste ilusão a dos que pensam que isto vai ao lugar em breve, e assim, connosco em casa, na frente da televisão.
Maior ilusão a dos que pensam que os governantes que conseguem chegar ao poder querem mudar o sistema que lhes faz sobreviver.

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Os palrantes

Era quieto.
Às vezes, nos seus momentos de quietude, todos pressentiam que cerrava os lábios para ser conciliador.
Era verdade.
Naquele dia de sol, porém, ele já não estava disposto a isto. Não queria mais consenso algum para qualquer assunto. Não queria mais ser desrespeitado, não queria mais fazer favores para receber em troca os pés que o pisavam como recompensa.
Não queria mais ter de fazer tudo e ter como retribuição envelopes onde deveria enfiar as justificações por tudo o que fazia e por todos os tornados que colhia no sopé da montanha de cinzas. Onde haviam colocado as borboletas prometidas?
Acordou de repente e pensou nisso durante a nova caçada.
Discutia-se o motivo pelo qual o vento escapava das redes, a razão para o facto de das cinzas não brotarem flores. Procurava-se uma resposta. Pensava-se numa estratégia. Era a centésima primeira discussão em torno de tão importante tema. Tomavam-se sempre decisões de variadas medidas que não iriam se implementar até ao dia da próxima deliberação e definição de novas estratégias.

"Temos de tomar decisões para implementar as medidas!", "Iremos executá-las com brevidade, mas aguardamos a entrada em funções da Comissão de Implementação, que está a ser constituída", disse um orador inflamado. Todos, ou quase todos, bateram palmas.
Então ele se levantou no meio do discurso inócuo de mais um palrante e tirou a estrela brilhante do seu bolso.
A surpresa foi tripla.
Não sabiam que ele era astronauta.
Não entendiam como ele conseguia voar.
Não conheciam aquela estrela, tão iluminada.
Ele também confessava-se a si mesmo que não tinha ciência para tanto, mas ia empreender à mesma aquela viagem.

The Answer Lies Within

Look around,
Where do you belong
Don't be afraid,
You are not the only one
Don't let the day go by,
Don't let it end
Don't let a day go by in doubt,
The answer lies within
Life is short, so learn from your mistakes
And stand behind, the choices that you made
Face each day with both eyes open wide
And try to give, don't keep it all inside
Don't let the day go by
Don't let it end
Don't let a day go by, in doubt,
The answer lies within
You've got the future on your side
You've gonna be fine now
I know whatever you decide
You are gonna shine!
Don't let the day go by
Don't let it end
Don't let a day go by, in doubt
You re ready to begin
Don't let a day do by in doubt
The answer lies within

Música: Dream Theater
Letra: John Petrucci

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

"Compostela sem estudantes é como um jardim sem flores."
Outra frase que ouvi na Galiza.
Como estamos no verão, os estudantes estão de férias em suas casas, deixando a cidade entregue à turistada.
A propósito: estarei eu incluído neste "turistada"?
"Os selos do Rei tem de ser colocados de cabeça para baixo."
Disseram-me na Galiza.
"Compostela é tranquila. Nem sequer tem página policial no jornal."
Disse-me um curitibano que trabalha no Café Pepe em Compostela.

O Jogador II

Fiquei impressionado ao ver que na Wikipedia constam resumos de livros, entre os quais, o que serve de título a este post.
Mas fiquei ainda mais impressionado com esta informação brilhante que consta antes do resumo: AVISO: Este artigo ou seção contém revelações sobre o enredo (spoilers).
E como é conveniente este aviso!
Em verdade, deixei a meio a minha leitura de "O Processo", de Kafka, por ter, inadvertidamente, lido a sua contracapa, que me traiu de maneira dramática, relatando o final da trama!
Ainda tentei reatar a leitura, posteriormente.
Tanta maldade, no entanto, deixou marcas. Nunca consegui terminar o livro.
Ou melhor: terminei-o antes de começar...

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

O Jogador

Em Santiago, Fiodor Dostoyevsky relatou-me que "O homem é, por natureza, um déspota. Gosta de fazer sofrer."
Tal frase está escrita no seu livro "O Jogador".
Confesso que não sei como li tão depressa o livro e como o senti tão próximo. Gostei muitíssimo. Acho que é dos mais pessimistas que já li. Mas é também dos mais envolventes!
Incrivel a maneira como a obra pegou em mim, subjugando-me e impondo-se em TODOS os momentos mortos da minha curta viagem.