terça-feira, 31 de maio de 2011

the logical song


Supertramp, Pink Floyd, U2, Talking Heads, B' 52, The Smiths, Jethro Tull, etc. Ou a sorte de ter irmãos mais velhos, que ouviam um monte de discos bons, na época. Acho que já contei aqui uma vez. As festas acabavam tarde na casa da Bagé, mas de manhã estavam os lp's todos, dos amigos que os tinham deixado para levar noutro dia. Daí começava o festival. As velhas cassetes e eu ali, seleccionando o que gostava, para guardar para mim. Logical Song é uma canção eterna. Só vim entender a letra anos mais tarde, claro.

When I was young
It seemed that life was so wonderful
A miracle, oh it was beautiful, magical
And all the birds in the trees
Well they'd be singing so happily
Oh joyfully, oh playfully watching me

But then they sent me away
To teach me how to be sensible
Logical, oh responsible, practical
And they showed me a world
Where I could be so dependable
Oh clinical, oh intellectual, cynical

There are times when all the world's asleep
The questions run too deep
For such a simple man
Won't you please, please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
But please tell me who I am

Now watch what you say
Or they'll be calling you a radical
A liberal, oh fanatical, criminal
Oh won't you sign up your name
We'd like to feel you're
Acceptable, respectable, oh presentable, a vegetable

At night when all the world's asleep
The questions run soo deep
For such a simple man
Won't you please, please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
But please tell me who I am, who I am, who I am, who I am

músicas

A partir das 7 da manhã passam dezenas de carros apressados, depois de deixar os filhos na escola. Na madruga um senhor passa com um apito, com a pretensão de dar segurança - talvez dê. Os cachorros latem por atenção, lembrando das propriedades onde são guardas e eternos prisioneiros. As árvores, só às vezes se ouvem, com o vento. Mas na cancha ali atrás, passando os cabos elétricos que afastam os ladrões, é onde se canta com um coro de vozes, a todas as horas do dia, quando é gol.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

É tão difícil guardar um rio quando ele corre dentro de nós.
J.S. Braga
Esta lindeza está escrita num miradouro de Alfama. Digam-me qual, que me esqueci.

domingo, 29 de maio de 2011

falta uma parte ainda, que é preciso pescar, como diria o lynch

talvez pelas perspectivas, ontem e hoje consegui tocar uma coisa nova na minha jg. ainda são duas sequências. mas está bonito. falta dar um salto nela, uma ponte. esta parte ainda não apareceu. os dedos quase se partem - é melhor de tocar quando se está aquecido. os acordes são assim meio que para umas mãos que tenham os dedos um pouco mais compridos. uma distensão muscular de um dedo seria mau.

marés

A inclusão do outro, de Habermas, tem momentos muito legíveis e até entusiasmantes, mesclados com capítulos enfadonhos, difícilimos e que se ultrapassam à base de muita força de vontade. Daqueles que nós temos de salvar a leitura, porque o livro nos abandona tão-só à nossa própria responsabilidade e absoluto empenho. Olho para o livro e vejo um mar, com marés e previsões de ventos favoráveis ou não. Uns bem piores outros bem melhores de navegar do que outros. Tudo dividido entre páginas. O capítulo que me calhou é uma chatice. É interessante, mas é bem complicadinho de ler. Imagino como será para explicar um treco destes. Nossa.

vamos ver se passa

Queria profetizar sobre o Inter no brasileirão, mas como ainda quero ter uma réstia de optimismo, vou ficar na minha. Mas a situação está complicada. O Falcão foi um cara corajoso de assumir este time, que precisa de ser renovado e vem de um título numa Libertadores que foi conquistado por se saber jogar só um pouquinho de nada mais do que os outros e com muito sofrimento e sorte. E vem de um esquema estúpido de poupanças, de um péssimo brasileiro e de um mico total na taça FIFA. A hora era, no entanto, claramente do Falcão, independentemente de ele aguentar ou não este barco no meio da tempestade. A única chatice é que ele tem de provar muita coisa. Hoje um torcedor dizia que ele não devia ter deixado de ser comentarista. A crítica fácil, de quem deve ter achado o máximo o nosso maestro nos treinar, quando se decidiu sobre isso.
Força Inter, força Falcão! Façam alguma coisa! (Tinha de terminar assim)

Sobre o Barça

Quando tinha uns 13 ou 14 anos, olhei para o cromo (figurinha) de um jogador do Barcelona, que era o Mége (internacional esperança francês, se não me engano) e senti antipatia. É a primeira manifestação deste sentimento anti-barcelonista que me lembro. 
Depois veio casos bem mais caracterizadores. Achei o máximo o Barcelona, com o meu herói da selecção brasileira, o Romário, levar aqueles 4-0 do Milan na final da Liga dos Campeões. Foi um grande dia aquele. Bom, diga-se que pode ter influenciado o facto do meu time de botão ser aquele Milan também (do Savicevic, Boban, Baresi, entre outros que não cito só para não ocupar aqui tudo, porque sei quase todos ou todos). Mas não sei não. Na mesma altura torci e fiquei triste quando o Depo Corunha perdeu a sua mais soberana chance de ser campeão da Espanha, e lembro de ter dormido triste com a grande penalidade que o Djukic falhou - aquilo tinha um gosto de nunca mais. E foi assim mesmo.
E depois claro, o meu coloradinho querido pôs o Barça no seu lugar quando foi campeão do mundo em cima deles, com uma enorme humildade e eficácia.
Tudo isso para dizer que apesar do Barcelona jogar um futebol sensacional e lindo de ver, isso me dá nos nervos. Inacreditável a supremacia há poucas horas contra o Manchester. É um time extraordinário. Mas como incomoda isso. Fiquei azul quando o comentador disse: é um time que vai ficar para a história. E eu pensei: vai mesmo, que chatice. E lá comecei eu com a tal estranha sensação, tentando entender porque não gosto dos caras.
Daí o Villa marcou aquele golaço, fantástico. Eu nem pestanejei e comentei: este foi o que eliminou Portugal na Copa. E Messi, o que dizer. Este nem gosto de ver jogar. Joga sempre tão bem! É uma incomodação total. Porque o jogador do Manchester não lhe acerta uma canelada com força no joelho?
Mas é isso. Jogam e jogaram muito. O Guardiola pôs o Pujol em campo pouco antes do fim do apito final para ele ser aplaudido. O Pujol, que é capitão, deixou que a taça fosse levantada pelo Abidal (que passou mal este ano, aprendi hoje). Foi uma festa linda, gestos lindos, tudo lindo. Pena que foi o Barcelona, eu pensei. Este time que apesar de me incomodar tanto, é espectacular.

70

A aldeia está mal habituada. Este é o post 70 de Maio de 2011. Nunca tinha cometido uma loucura deste tamanho, de incomodar tanto os leitores com uma tempestade de posts. Não se preocupem. Estamos numa fase excepcional. Tudo aqui tem carácter de medidas provisórias.

sábado, 28 de maio de 2011

queria só falar do le monde e aconteceu isso tudo. como prevenir isso?

Gosto muito da edição brasileira do Le Monde Diplomatique. A deste mês (de Maio) tem boas análises sobre o Congresso Nacional. Tem visões interessantes sobre a relação do legislativo com o executivo e sobre a base de Dilma no legislativo. É interessante ler. Parece que já se sentia no ar que vinham dias difíceis. A Presidenta está se habilitando a chantagens da sua alargadíssima base, por causa do seu problema Palocci, situação que até exigiu que Lula regressasse à manchetes como articulador de um abafa-cpi. Segundo se lê, Lula avisou, com outras palavras, que: facilitem com as bases, se não Palocci cai. As coisas não estão fáceis. A posição de Dilma face ao kit contra a homossexualidade nas escolas, vetando o trabalho do MEC, é a primeira de várias cedências, desta vez aos evangélicos. Agora é ver como vai ser com o Código Florestal, e a sua amnistia escandalosa, produto dos interesses dos ruralistas e que Dilma prometeu vetar. Nem parece que Dilma fala com "bases" às vezes, de facto. Já tinha havido brigas, reprimendas e expedições punitivas da Presidenta, a propósito da lei do salário mínimo, por exemplo. Não havia era o problema Palocci que agora há.
No meio de tanto conchavo, no meio de tantos interesses conflitantes de sua base tão alargada, ainda haverá lugar para uma política com coerência de ideias (ou pelo menos de ideias), centrada em raciocinar sobre os assuntos com seriedade, sem clubismos? Eu não sei.

Agora/Ágora

No Santander Cultural está a exposição Agora/Ágora. É um projecto bem maluco e bem bom de visitar. O folder diz: sua cabeça em muitos lugares. suas ideias aceleradas. o que mais você pode fazer?

Sobre casas

Hoje, no GAP, nos juntamos para fazer uma obra engraçada. Daquelas que eu não fazia há muito tempo. A minha tarefa, no sistema fordista que estabelecemos, foi desenhar casinhas, para que outros as recortassem. O mote foram os 5 milhões de casas vazias e os 4,8 milhões de cidadãos sem casa no Brasil, segundo o último censo. Um debate importante este. O resultado gráfico da iniciativa é o seguinte: há casas vazias suficientes para quem não tem casa.
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Sem mentiras, hoje de manhã, enquanto esperava a lotação, com aquela chuvinha e frio que vieram meio de repente, fiquei com tanta pena daquele senhor velhinho tão mal vestido e com um cobertor amarelo. Caminhava pelo meio da rua, meio deserta, mas às vezes passavam carros. O que fazer quando é assim? Não há-de ser o que fiz, que foi só ficar olhando e tendo pena. Às vezes as pessoas nem reparam, isso também é certo. Fiquei pensando mesmo, para onde ele ia. Se tinha para onde ir. Enfim, e talvez eu só tenha reparado porque ele não estava debaixo do viaduto ali no Centro, na Voluntários. Tanta gente lá, sempre.
É uma porra isso. Chama-se desigualdade. No Brasil ela anda em toda a parte.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

viagem

fim de tarde e noite de hoje trabalhei num projecto gostoso, relacionado com um lindo portal, que daqui a uns dias inaugura. foi como viajar no tempo e no espaço, por algumas horas.

jogos

É que às vezes me parece tão absurdo. Parece que as pessoas chegam num plano em que a ética vale menos do que nada. Tudo é um jogo, tudo é relativo. Um toma lá, dá cá. E é vermos o Lula intervindo para abafar uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

afia-lápis e borracha

Entretanto, não sei que fim dei ao meu afia-lápis e à minha borracha. Ou eu os perco ou eles possuem vida própria - e me odeiam, ainda por cima. Estou sempre perdendo... ou eles fugindo... ou alguém os sequestrando.

suspendendo a tradição

Não havia cadernos pretos. Não os procurei muito também... De maneira que, depois de uma certa tradição, agora o que há é um caderno do Homem-Aranha. Que também tem o seu valor, com tantos super poderes.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

voar

(...) Ali estavam elas. Coladas aos galhos no chão. Iam ficando amareladas com o avançar dos dias. Até que finalmente se libertavam. (...) Voavam por todo o lado, quando o vento soprava. Iam parar a uma data de lugares que nunca tinham imaginado. (...)

uppm

Confirme-se ou não, só o rumor de que Phil Mendrix pode vir a ajudar na produção do futuro álbum dos understood é uma boa notícia.
assuntos verdadeiramente graves
:)

em ponto

Às 9:00 em ponto ela ligou para a entrevista. Absolutamente incrível a diferença de conversar com a cabeça descansada, trabalhando em modo dia há apenas uns 20 minutos. Tudo mais pausado, mais fresquinho, às vezes um pouco mais longe, mas sem a tensão de ir buscar a ideia depressa. Desta vez beneficiou a minha clareza. Não sei se é melhor ou pior o resultado. É diferente.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

3 novas

Músicas novas muito em breve, pelo menos 3 ;-) tv
mensagem understoodiana, do tv, recebida hoje. no facebook dos up.

merece reconhecimento

Depois de ter acordado com o ombro rolando pelo chão e com um dos tendões do pescoço que parecia feito de brasa, escolho o paracetamol - genérico como o meu melhor amigo deste Domingo.

Sondagens

Pode ser que haja surpresas nas eleições, face à primeiras sondagens.

Ramil no São Pedro

Vítor Ramil foi excelente. Muito bem acompanhado por Carlos Moscardini - que é genial. E só.
Ramil é urbano e campeiro ao mesmo tempo. É muito interessante. E é uma forma muito própria de entender o cone-sul, a república dos pampas (Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul) vista do lado do Rio Grande.
O show foi dedicado à milongas do Delibab - seu novo cd - mas no finzinho ele tocou algumas canções de outros álbuns, entre as quais Ramilonga. Tocou também uma milonga que ele compôs quando tinha 17 anos!
O vídeo é de um show do ano passado, também no São Pedro.

domingo, 22 de maio de 2011

minhas prioridades associativas

Trabalho associativo, com seriedade e objectivos, para a comunidade:            sim (x)           não ( )
Guerrinhas interassociativas para exercício de vaidades e joguinhos de poder:  sim ( )           não (x)

São Pedro de Alcântara

Segundo a Wikipedia, o Theatro São Pedro no projecto inicial se chamaria São Pedro de Alcântara.

Ramilonga, revisitando


Letra e acordes aqui. Esta eu já soube tocar. Tenho de treinar de novo.

Ramil

Com a indisposição lixada que o corpo resolveu me oferecer, cheguei a pensar que o concerto de Vítor Ramil estava comprometido.
Mas parece que não.
O meu corpo já está funcionando normalmente e ainda há ingressos para amanhã, no Teatro São Pedro (que por sinal é muito bacana).
Acho que ele não vai tocar esta linda música aqui, mas estou com enormes expectativas. Conto, sem dúvida e sem concessões, é com Ramilonga.
Amanhã a prioridade é meter a mão num ingresso.
A foto é lá dos tapumes da Praça da Alfândega.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

mensagens

Rebele-se e rebole-se.
Esta não é na Praça da Alfândega. Não me lembro bem, mas era perto da Duque. De qualquer forma, o conselho é igual. Antes era um apelo só. Agora podem ser dois em simultâneo.
Sobre o marcador pichação (engraçado dizer isso em Portugal!)

Paz?

Quando a Praça da Alfândega ficar pronta, vai ser uma pena perder tudo o que se vai pintando e escrevendo nos tapumes. Tomara que guardem algumas coisas, como esta, para memória futura.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

cores

Aparecem umas vontades, apertam-se uns botões, tomam-se umas decisões e o mundo ganha outras cores.

Abelhas

As abelhas estão extinção. Duas delas passaram o almoço disputando a salada e o suco de laranja comigo.

teatro mágico

Hoje o Gabriel esteve aqui. Encheu a minha sala com canções do Teatro Mágico. Elas ainda estão impregnadas na parede. Foi muito bom. Ele, como sempre, pediu que eu tocasse tudo o que eu te dou, do Pedro Abrunhosa. Há quantos anos fazemos isso? O repertório muda um pouco, apesar de tudo o que eu te dou. Fui egoísta hoje. Depois de cumprir a minha parte com esta música e mais uma ou duas bem aldrabadas, eu disse: faço a pizza mas só tu é quem vais tocar. Foi uma boa ideia. A pizza é que podia ter mais queijo.

Luxo

É um luxo entregar o IRS com tanta antecedência. Nunca tinha passado por isso. Preciso arrumar mais ocupações, pelos vistos.

sentidos

Pronto, já embarquei de novo num negócio que me faz bem ao coração fazer. E é tão bom se sentir assim. Não acredito que se torne um vício. Já cheguei a pensar se seria. Mas não. Acho que agora virá um tempo de acalmia e de saber que fiz uma coisa ousada. Eu me compreendo e é o que basta para enfrentar os novos tempos e desafios. Uma coisa é certa: é absolutamente formidável a sensação de ter a vida nas mãos e ter vontade de correr atrás. Nisso eu posso realmente confiar em mim nos últimos tempos. Nessa coisa de correr atrás e querer perspectivar isso tudo. De dar algum sentido às coisas. Querer o melhor para mim. Quanto ao resto, avaliações, balanços, acertos, erros, isso sim estava pesado desde o início. Implicava e implica riscos. Por isso a melhor avaliação é a única possível: era pior ficar com a pulga atrás da orelha para sempre. Aliás até sublinho: muito pior. E estamos falando de uma questão muito sensível na organização de uma pessoa: na vida num sentido bem profundo, na verdade. Acho que não estou sendo pretensioso. O timing acabou, infelizmente para todos, sendo o mais correcto. Só não vim antes por obrigações e por querer ter vindo organizado para isso. Essa do timing certo, isso sim custou e custa, porque eu queria que ela estivesse aqui. Que nunca mais fosse embora ou que demorasse mais tempo a ir. Que tudo não passasse de um pânico, que tudo tivesse sido mal diagnosticado e hoje ela me dissesse rindo: e tu vieste correndo. Ainda tínhamos tanto que conversar.

terça-feira, 17 de maio de 2011

quase um subversivo

Gosto do cara. Falou das empresas que fecham e das que abrem na mesma área de actuação, com pessoas próximas dos dirigentes, para fugir às dívidas, neste caso as tributárias. Chamou chacota à sociedade. Muitos argumentaram: mas e a produção de prova? Pois é. Mas é preciso falar disso. Tem que se achar um jeito. Ele já tinha falado aqui.

muitas

O Habermas pensou em coisas demais. E escreveu muito. Mas com uma musiquinha desce.

Missão no espaço

Ausência de gravidade? Sim, gravidade. Mas lá é tudo perigoso! Desculpe, me referia à ausência de peso. Ah ok, quase sempre convivemos com ausência de peso. Convivem? Você leva leituras para a nave? Leituras, como assim? Quero dizer livros. Levamos, mas nem sempre leio. Ou melhor, eu leio, mas principalmente manuais e os instrumentos da nave. Levam livros? Sim, o Edward é que lê bastante, leva sempre alguns livros de poesia. O Edward? Sim, o Edward. É difícil lá em cima? O quê propriamente? Ah, sei lá, você tem muito o que fazer? Temos muito, eu fico o dia inteiro cuidando para que a nave se mantenha estável. Ah, sim? Queremos ver, descobrir coisas, pesquisar o universo, encontrar planetas, estrelas. Dá uma olhada no site da Nasa. Me parece um trabalho bem bacana, quase artístico, não acha? Às vezes sim. Às vezes dá para pensar, olhar a terra, pensar nas pessoas lá em baixo, se perder na poesia do céu... Mas isso é raro, é preciso estar inspirado. Uma vez me senti assim. O Edward é o mais artista aqui, às vezes suspira para as estrelas, fala com elas, tenta imaginar que sabor elas terão. O Edward tenta imaginar o sabor das estrelas? Sim, o Edward. Uma vez ele até vestiu o equipamento para sair e fazer testes num meteorito. Foi um dia muito confuso. Ele com o equipamento, na escotilha da nave, e eu  de plantão perto da alavanca que tranca o sistema. Nem comi nada neste dia. Depois ele desistiu. O Edward tentou sair da nave? Sim, parecia um doido. O Edward? Sim, totalmente doido! Nem imagina, como ele estava zangado. Mas, como eu dizia, lá em cima me sinto fazendo um trabalho complicadíssimo de contabilidade. Passo o dia inteiro fazendo cálculos para as nossas rotas, não acho muito poético. Não se sente num filme de ficção científica? O Edward sim, eu não. O Edward costuma imitar a musiquinha do Star Wars quando fazemos manobras, e eu me mantenho concentrado com a navegação da nossa espaçonave. O Edward? Onde está o Edward? Ah, ele nunca sai da nave, mora lá dentro. Dorme perto de uma turbina, para não ter frio, e só aparece em períodos que estou sozinho na missão. Hmmm, estou a ver. Quanto tempo mesmo é que ficou lá em cima desta última vez, depois que a tripulação voltou?

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Preguiça

O post anterior deve ter alguns erros, mas eu estou com preguiça de ajeitar tudo. Caí na armadilha de escrever demais. Bastava um o Inter é campeão. Mas eu fui por ali abaixo. Sede de vitórias, talvez.

Campeões gaúchos

Só para constar, o Inter ganhou: é campeão gaúcho. Meteu 3 gols no Olímpico, mas levou 2. Foi tudo para as grandes penalidades.
O Inter começou perdendo e escrevi um sms que dizia: agora só um milagre. Não sei se foi milagre. Mas o Falcão mexeu no time. Ele, que tinha se complicado, inventando um 3-5-2 suicida, meteu o time direito, em 4-4-2. E tirou o Juan, que estava adaptado, colocando o Zé Roberto. Mudou tudo. Outro time parecia ter entrado em campo, após 20 minutos de jogo.
Empatamos e viramos antes do intervalo. O segundo gol sim, foi meio que um milagre, porque o Andrézinho estava mancando, quando chutou aquela bola sobrada de um escanteio. Aliás, 30 segundos antes eu e meu irmão tínhamos comentado: porque ele ainda está em campo, mancando? Era para o gol. O reserva do Andrézinho é o melhor jogador do Inter: Oscar, de 19 anos. Entra e manda bala, o Oscar.
Depois veio o 3-1. Mas como nada pode ser fácil, o Renan, perto do fim, deixou uma bola que ele já tinha agarrado, caír na área. E o Borges, jogador em completo inferno astral, e que tinha saído do banco, fez 3-2.
Bom, daí o Renan, nas grandes penalidades, felizmente se superou (eu esperava isso - ele entende do assunto e devia estar muito puto da cara, com a valente burrada que fez). O que não quer dizer que não tenha de amargar um banco, porque quase colocou tudo a perder num lance fácil.
A história, no entanto, é a seguinte: o Inter ganhou um belo gauchão (sobrevalorizado pelas tristezas brasileiras e gaúchas na libertadores), disputadíssimo com o Grêmio, e levantou a taça no Olímpico. Agora é ver o que se pode fazer. O Inter tem um time que erra muito, uma defesa curtinha e goleiros que gostam de pegar penalties, mas que estão nervosos (ou são mesmo maus) para os 90 minutos.

sábado, 14 de maio de 2011

playlists

Já descongelei uma carne para amanhã fazermos um churrasco, ele acaba de me dizer. E eu até gostei de ouvir, apesar de embrenhado em de profundis, enquanto meus ouvidos se dedicam à minha playlist de citizens of empire, onde se inclui explosions in the sky com esta belíssima canção your hand in mine.
E agora vem beber uma cerveja comigo. Ok, fica por aqui este post, não há hipótese. Perfeito.

the way back

Hoje vi the way back, filme bom e que termina bem. Duas qualidades muito importantes.

Gre-Nal II

Já não digo nada do clássico. Só espero que o Inter se supere no chiqueirão e meta pelos menos 3 gols de vantagem no Grêmio, grande favorito no jogo.

Dia sem blogger

Jantei com um querido amigo e blogueiro e ele, tal como eu, estava chocado com o dia todo de ontem sem o blogger.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O retrato

Fui ver O Retrato de Dorian Gray. Impossível transformar este livro em filme. Mas foi bom ver. Fiquei com muita vontade de reler o livro.

Centro

Vir do cinema na Casa de Cultura Mário Quintana e passar pelo Centro ao cair da tarde é muito bom. É o melhor de Porto Alegre: Centro, Cidade Baixa, Bonfim. Cervejas, fritas, gente, animação e cultura. O Chalé da Praça XV e o Mercadão. Sou o fã número 1.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

o hobby

Porque achou que eu era músico? Por causa do FB. Fotos e fotos. Tantas! Mas só de uns dois ensaios e um show. É um hobby. (Meu Deus, que drama dizer isso assim! - Estou me ouvindo.) Mas foi isso que eu disse. Podia ter dito: é a coisa que mais gosto de fazer. E com os gajos das fotos é fantástico. Mas disse é um hobby. A ver se amanhã não acordo com a guitarra feita em bocados, depois de ter dito uma coisa destas. Só faltava dizer, faço tricot vendo jogos de futebol e aos sábados de manhã também costumo ir à pesca, ali na beira do Lago Guaíba. Quando pesco uns pneus, levo para reciclar, numa lixeira próxima. Coitada da minha música, apanha sempre com este apelido infeliz: hobby. Não poderia ser ao contrário? Olhe, sou um músico que se serve de outras competências para sobreviver, tipo cenas assim, como que legais.
De todo o jeito: grande FB, que faz muito pela minha vida. Quem sabe um dia adopto a minha personalidade que se vai criando virtualmente.

Cortei o barato geral

Cortei o barato geral, meu e dela. A jornalista pensava que eu era músico, quando me perguntou pela profissão. Sou Advogado. Formado na USP? Não, na Católica, de Lisboa. E aqui ela disse: teve de estudar tanto. E mora há quantos anos no Brasil? Enfim, apresentações.

No outro século

Lembrei-me outro dia de como as viagens a Rondinha pareciam que não iam terminar. De como aquela experiência parecia que ia se repetir vezes a fio. De como era tudo infinito. Lembro também de uma t-shirt minha, esmigalhada de tão amassada que estava, pela maneira como eu a tinha colocado na mochila. Eu estava aprendendo a tocar, na minha Admira (que custou 23 mil escudos), o Ervin com a sua Dolphin, super legal (e ponte floyd rose), e o Titê tocando um monte (mas literalmente um monte) de músicas, incluindo uns Djavans e ainda Jorge Ben. E tinha umas 3 dele, Titê, bem boas. Era bom. Até o vinho terrível do garrafão de 5 litros valia a pena, mesmo com a ressaca garantida do dia seguinte. Tinha um carinha que andava por lá também, amigo deles, que tinha uma banda. Comentou que gostava de fazer power chords, com eles conseguimos tocar quase tudo.
Naquele tempo eu tocava na acústica umas introduções de AC/DC, Nirvana, Pixies, Pearl Jam, tentava tocar a introdução de Sweet Child Of Mine e tinha músicas com o Miguel: eramos os Irados. Música "apunkalhada". Muito divertido. Depois comecei a tocar mais a sério no ACM e o Miguel parou de tocar e nunca mais nos vimos. Sei que ele estudou arquitectura e anda pela Itália. Mas o Miguel estava em Lisboa, não em Rondinha.
De tudo aconteceu nas minhas férias em Rondinha. Até um pinguinzinho convivendo connosco (e que tentavamos convencer a que voltasse à sua rota todos os fins de tarde). Até ver uma baleia um pouquinho depois da zona de rebentação.
E eu ficava só uns poucos dias lá - não deviam passar de uns 4. E isso é pouco? - pergunto-me estes anos todos depois.
Voltei várias vezes mais a Rondinha, mas o patamar do precedente perfeito ficou sempre muito alto: eu, o Titê, o Ervin, os Djavans, o vinho horrível, a t-shirt amassada e o não saber tocar bem guitarra.

Gre-Nal

O primeiro milho é dos pardais. O Inter perdeu em casa com o Grêmio, por 3-2. Enfim, acho que vamos ganhar no Olímpico, por 2-0 ou 3-1. O botequinho estava cheio de gremistas e eramos minoria. Faz o sangue ferver, mas é engraçado.

domingo, 8 de maio de 2011

Simplex

Simplificado. Não recebendo umas dicas - pedidas - estuda-se, pega-se numa folha em branco e arruma-se o assunto.

Minha JGzinha

Hoje nos divertimos bastante, eu e a minha despenteada guitarra semi-acústica JG e suas cordas 010. Tocamos e cantamos aquelas músicas antigas. Foi muito bom. Repertório pré-up. Lembramos de umas curiosidades, como o facto de alguns dos acordes de uma das músicas que compusemos juntos (eu e a minha JG) estarem chapados em tudo o que o vento traz. Vento ficou diferente claro, mas partes longas da tal canção estão lá. Aliás, as partes são quase que mais da JG do que minhas, porque ela "me ensinou" uns acordes que ficam muito bacanas tocados com ela. Aprendi a inventar umas cenas na JG.
Foi muito bom rever isso tudo. Antes dos UP era com ela que eu compunha a maior parte das vezes. Hoje me caiu um pouco a ficha. Se abateu uma espécie de compreensão. Lembrei como era e este é talvez o motivo para ela estar aqui. Agora, falando francamente e sem magoar a minha querida, que gosto muito, faltam as cervejas, o JP e os UP!
Minha JG se meteu na minha vista em Dezembro de 2007.

O que resta, para já

Não haverá Gre-Nal na Libertadores. De resto, na semana que o meu Benfica se espatifou nas meias-finais da Liga Europa com o Braga, o Cruzeiro de Minas, o Fluminense e a dupla Gre-Nal foram corridos da principal prova futebolística das américas, tendo apenas o Santos se segurado. 
Amanhã começa o que resta então, para já: a decisão do Gauchão. E o Inter vai ganhar.
Mas vai vencer com um time que foi quase destruído pelo Celso Roth. Outro dia eu dizia: pelo menos agora jogamos sempre para vencer e perder passou a ser uma coisa feia. Não há aquele esquema de poupanças com times menores que jogou o Inter no desespero e na falta de auto-estima e de preparação, situação à vista de todos, por exemplo, no tão "preparado" e "organizado" jogo com o Mazembe. Enfim, Roth - e a direcção do Inter - achavam que podiam recomeçar a jogar só apertando botões.

Pois é, vizinha

Hoje vi na Casa de Cultura Mário Quintana a peça Pois é, vizinha. Muito interessante a performance de Deborah Finocchiaro. Gostei muito. Já tinha ido ver à CCMQ uma actuação em cima de 3 Contos Machadianos.

sábado, 7 de maio de 2011

Reservar desde já tempo para fazer o que se quer e o que se gosta. Não deixar para amanhã.
Até se sente um turbilhão de vento soprando e invadindo tudo, com um monte de coisas boas.
Talvez estes dias resguardado em casa tenham servido para chegar a esta conclusão.

Práxis

Pois é. Pegando as últimas frases do último post: chega de manifestações de vontade, chega de reflexões, comparações, desabafos, conversa. Over. A próxima semana (ou talvez já amanhã) começa a guerra pela construção de espaços e tempos de qualidade. O tranquilizador nisso tudo é que há umas coisas que quando eu quero - ou quando desperto - acontecem muito mais depressa do que o previsto.

The Juggernaut


La Biblioteca Deserta: mais música boa chegada da Last. Estes me acompanham desde Janeiro.

arte - ambiente

É para mim ponto assente a importância do ambiente para a criação artística. Imaginava isso em teoria. Na prática nunca tinha presenciado. Também por causa do grande contraste que noto. Coisas que se conseguiam  fazer e que agora estão para além da imaginação. Várias músicas, vários quadros, vários textos, simplesmente não existiriam. Coisas técnicas, leituras de trabalho, relatórios estão à parte disto. Quando a urgência aperta o ambiente de trabalho faz-se na marra, com a ajuda de um mp3, concentração e stress. A arte é que não funciona à força. É preciso ter as coisas à mão para quando a inspiração ataca e a inspiração só aparece quando a paz existe por períodos prolongados de tempo, com muito espaço para a reflexão sobre todos os assuntos e mais alguns. E atenção que isso não é uma queixa. É apenas uma constatação. Seria um enorme lamento se não houvesse forma de resolver o assunto.

Nature


Esta música é uma dádiva. Humans vanish, de 30 segundos, é outra. Abundam canções lindas de Buckethead, mas estas são pérolas do álbum Population Override.

arte no parque

No Brique de Sábado, na semana passada, havia passáros, formigas, flores, lagartos, borboletas, cavalos marinhos, tudo. Esta bicharada toda era da responsabilidade de Ricardo Monmany. Muito bacana. Parece - só parece - fácil.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

cenas que se dizem há mais de 2000 anos

Erro crasso, vitória de pirro, calcanhar de aquiles, espada de dâmocles. Coisas fixes para conversar, depois do jantar, e depois apanhar tudo na internet, na wikipedia. Aprendi a da espada.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

seguranças

E Obama não tornou o mundo mais seguro, contrariamente ao que ele disse, ou ao que deseja. Aliás, foi dado alerta para que os países tenham cuidado com as vinganças de membros da Al Qaida. Isso não é aumentar a segurança. É o contrário. A administração americana criou um mártir, um símbolo. Que ainda por cima estava desarmado. Ui, que embrulhada.

Dá para vários enredos de filmes sobre teorias da conspiração

Bin Laden estava desarmado. Obama não quer que as fotos do corpo sejam divulgadas. O corpo foi mandado para o mar, em lugar incerto.
No meio disso tudo o que me causa estranheza é Obama admitir que o homem estava desarmado. Parece sinceridade a mais num processo muito esquisito. Que bom que contou isso, pelo menos.
Além dessas curiosidades, nesta novela de coisas malucas, é impossível não reflectir num detalhe bem irrelevante: só mediante uma declaração muito convincente e um olhar muito acrítico é que se admite à primeira vista que a casa do homem assassinado é uma mansão de um milhão de dólares e com muitas medidas de segurança.
Enfim, tudo realmente se pode pensar, mesmo sem entrar nas brigas de marido e mulher entre Estados Unidos e Paquistão. Aliás, ao que parece tudo é possível mesmo, porque um Prémio Nobel da Paz ultrapassou várias instâncias de direito internacional e deixou que um homem desarmado fosse morto sem qualquer julgamento pelos crimes que cometeu.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

mosquitinho

Enquanto isso um mosquito vai voando feliz. A razão é simples e puramente temporária. A bateria do computador precisou de reforço e o mat-inset saiu da parede para eu ligar o carregador. Mosquitinho, lamento por ti, mas depois deste post e do próximo, vais ficar desnorteado, ou algo que na mosquitolândia signifique que vais perder as tuas referências de orientação. É boa ideia aterrisares rapidamente. Tens cerca de 3 minutos.

ir

Papéis, ficheiros de word, pdfs, lembranças. Vontades. Averiguações. Um tempo próximo. E o pensamento: o que se faz para se encontrar e se buscar coisas. O que se faz para encontrar caminhos. A maior sorte é ir atrás, não deixar de explorar um cantinho de floresta, porque as vidas são escassas e até ver esta é a única no planeta terra.

atrás da porta

Sossegado, com The Best Pessimist nos ouvidos, com um friozinho no ar, dá para imaginar uma lareira no fundo da sala, uma imensidão de mar do outro lado da porta de casa, uma praia deserta e a luz da lua iluminando tudo.
Vejo umas fotos na internet. Tudo parece absolutamente próximo e transformável em realidade, com um único clique no computador. É assim mesmo, tenho a impressão.

Back in business

No mesmo dia que João Paulo II foi santificado e que Bin Laden foi morto, os UP voltaram a estúdio, depois de do concerto de 11 de Fevereiro e as gravações de 12 de Fevereiro. As notícias que tenho do ensaio é de que foi bom, com muita criatividade. Impossível ser diferente. É o que se quer.
A má notícia é que o Kazoo talvez feche. Seria uma pena.

Questões

É incrível como é incomodativo entrar num lugar para resolver um assunto e te presentearem com uma questão mais difícil. Nem pensar, foi a resposta pronta. A intenção é resolver problemas, não criar outros.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

e muitos sapinhos nos laguinhos em cima de folhinhas

O mundo agora está muito mais seguro, disse Obama, sobre a morte de Osama. Estamos todos muito mais tranquilos. Agora vai voltar a haver muita paz. E os passarinhos nas árvores vão cantar o regresso de Alice ao país das maravilhas. Chapéuzinho vermelho pode também passear em paz pela floresta. Se um lobo fizer as mais horrendas safadezas, haverá o helicóptero da justiça que irá dar-lhe um tiro na cabeça. E vai haver paz de novo, outra vez. Nunca mais os lobos voltarão, pois terão muito respeito ao helicóptero pacificador.

GAP

Amanhã começo uma experiência nova, no GAP.

Gauchão

O Inter, que só jogou o segundo turno do campeonato gaúcho (no primeiro foi o Inter - B) ainda vai ganhar o Gauchão.
Ah, e o Falcão continua invicto, na sua saga de finais, enquanto se entrosa no time.

lei da pobreza linguística

Estou esperançado de que Tarso Genro irá vetar a lei da pobreza linguística do deputado Raul CarryOn. É uma lei tão estúpida quanto inaplicável. É ler e rir para não chorar.
É impressionante uma proposta destas surgir das mãos de um deputado do PC do B e a esquerda votar a favor de uma pataquada destas. Não passa de uma lei demagógica, populista, limitadora se fosse aplicável, inútil, desnecessária e com um conteúdo com contornos de extrema-direita conservadora.

corasão

Pode ficar para a história, e com muitas mais coisas para contar, um programa onde se frustraram as intenções primárias que fizeram a escolha do lugar.
Assim, com umas risadas, se chega à conclusão de que 3 ou 4 coisas que não deram certo valem mais do que uma frustração só. Estou pensando em balões, lobos marinhos e bom tempo. Mas estou me lembrando, ao mesmo tempo, de uma ponte que parecia que ia se desmantelar. De um hotelzinho pequeninho e modesto, com muitas pessoas queridas atendendo, de um xis feito num boteco que dizia colorado time do corasão.

livro do guitarrista

Outro livro que me chamou a atenção no Museu do Iberê foi "O livro do guitarrista", de Tony Bellotto (guitarrista dos Titãs).
Mas não o trouxe para casa...
Tem uma passagem muito boa, dizendo que quando vamos criar um solo não temos de imitar ninguém. Fiquei de imediato com vontade de ler.

danto

Recentemente fui ao Museu (ou Fundação) Iberê Camargo. Encontrei lá na livraria a Transfiguração do Lugar Comum, de Arthur Danto. Fiquei amarrado nele. Entre várias coisas que o livro questiona (e só li a contra-capa) é este negócio do conceito de arte, que faz com que até um sanduíche possa ser considerado arte.
Na minha cabeça, até ver, arte é tudo o que é feito com a intenção de ser arte.

balões

E agora comendo um docinho de noz igual aquele que comi no Festival de Balonismo sem balões.

Boxer e tijolinhos

Ouvindo boxer, dos National, e comendo dois tijolinhos.
Lembrando.